Por Wenya Alecrim, jornalista e empresária
Como presidente do ACIRV Mulher, tenho vivido na prática o impacto da união feminina no fortalecimento dos negócios, na transformação de comunidades e na conquista de espaços de liderança. Ainda enfrentamos desafios profundos, como a disparidade salarial entre homens e mulheres que exercem as mesmas funções. Essa desigualdade, infelizmente, é estrutural, mas não é imutável.
Quando uma mulher compra de outra mulher, ela pratica sororidade. Ela reconhece, apoia e fortalece não apenas um negócio, mas uma trajetória de esforço, coragem e superação. É assim que criamos uma rede sólida de apoio que vai muito além do consumo: é resistência e construção de futuro.
Também é sororidade quando incentivamos mulheres a ocuparem espaços na política. Ainda somos minoria nos espaços de decisão e isso precisa mudar. Não basta apenas votar em mulheres, é preciso prepará-las, apoiá-las e romper as barreiras invisíveis que ainda limitam sua atuação.
Acreditamos que políticas públicas mais sensíveis às demandas das mulheres nascem de olhares diversos, de vivências reais e de um compromisso coletivo com a equidade. Por isso, nosso trabalho como grupo é fortalecer, inspirar e abrir caminhos para que mais mulheres assumam o protagonismo que sempre lhes pertenceu.
Sororidade não é só afeto entre mulheres — é também estratégia de transformação. E juntas, somos muito mais fortes.